Blog destinado a divulgar as atividades realizadas na disciplina de Didática da Universidade Federal de Itajubá.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
A final, o que é indisciplina? O que é indisciplina na escola?
A indisciplina é um fenômeno caracterizado pela transgressão de regras e valores estabelecidos em uma relação, a indisciplina em sala de aula torna-se muito mais complexa, pois envolve além do desvio às regras, o conflito entre professor e aluno. A indisciplina pode ser determinada a partir de elementos estruturais da escola, além da situação sociocultural e pessoal do aluno. Portanto a origem da indisciplina não concentra-se na relação professor/aluno, mas é nesta relação que a mesma é exteriorizada. Muitas vezes pela postura autoritária do professor, porém não é relevante atribuir responsabilidade o professor ou ao aluno por um ato indisciplinado. O interessante seria que a escola em uma ação coordenada (Escola, professores e pais) promovesse um diálogo em que o aluno tivesse a oportunidade de expor seus conflitos internos, a fim de investigar as causas de um ato indisciplinado. Porém, infelizmente o que se presencia nas escolas é a imposição de regras e punição em casos de transgressão.
Refletindo sobre a Indisciplina
Olá pessoal, em nossa última aula foi proposto pela professora Rita uma postagem individual nos blogs sobre o "julgamento da indisciplina" que ocorreu no tribunal em aula e as discussões que sucederam-se.
"O que entende-se
por indisciplina e quais suas relações com o contexto do aluno."
O que vocês entendem quando falamos em disciplina na escola?
O conceito que temos, são de alunos que seguem as regras impostas, executam todas as atividades proposta, tiram boas notas e tem bom relacionamento com todos do corpo discente/docente, não é?
Mas quais regras são essas? Quem propôs? Não cumprir é um desrespeito? E se o aluno não executar uma da atividades, está correto?
Essas questões foram levantadas durante nosso debate acerca da indisciplina em sala de aula.
Questões essas que, muitas vezes, responsabilizamos os alunos, e outras os professores, ficando em um ciclo "a culpa é dele e não minha", "no empurra pra lá, joga pra cá". Não basta apenas afirmar que é uma regra, primeiro é
necessário compreender quais regras são essas, e quem as criou. A escola? O
professor? Depois é necessário entender o porquê de tais regras e qual a
verdadeira importância delas. É necessário ainda compreender porquê o aluno a descumpriu, quais os valores envolvidos e o que leva a isso. Se ela é um desrespeito,
é um desrespeito a quem? Por parte de quem? E o que leva a tal desrespeito?
Com certeza não
é fácil identificar esses porquês, mas sua explicação é necessário.
Somos formadores de cidadãos e prezamos que sejam pessoas críticas, pessoas pensantes, e assim é preciso deixar o discurso e executar a prática.
Apenas culpar o aluno não é a solução, como tantas vezes é feito, é preciso refletir e
buscar compreender tal aluno como um sujeito.
Sim, é necessário saber as causas e o que leva o tal aluno a ser indisciplinado e assim questioná-la, enfrenta-la
e não apenas culpabiliza-la pelos fracassos escolares.
E você, foi um aluno "indisciplinado?
Mariana Rosa
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Pergunta elaborada pelo blog 4 (Didacticism) em sala de aula e respondido pelo nosso blog
Pergunta:
Como se da a relação ensino/aprendizagem em cada um dos modelos pedagógicos?
Resposta:
Como se da a relação ensino/aprendizagem em cada um dos modelos pedagógicos?
Resposta:
Becker definiu seu modelo pedagógico em três partes,
pedagogia diretiva, pedagogia não diretiva e pedagogia relacional.
Vamos chamar os modelos de 1, 2 e 3, respectivamente.
Em 1, Fernando Becker afirma que o aluno aprende se, e
somente se, o professor ensinar. Em sua concepção, afirma que o aluno nasce sem
nenhum conhecimento: é uma folha em branco, uma “tábula rasa” como afirma no texto.
É o meio físico e o social que determinam o desenvolvimento
e a maturação de um aluno. Este professor acredita na transmissão do
conhecimento em que cabe ao aluno querer aprender, “encher-se de conhecimento”.
A pedagogia 2 afirma que o professor é apenas um auxiliar, tentando
interferindo o mínimo possível, pois o aluno já traz um saber que ele necessita
para realizar suas atividades.
O fundamento dessa epistemologia tem a uma postura
pedagógica na qual acredita que o ser humano já nasce com o conhecimento e para
aprender basta o mínimo de ajuda para que se desenvolva novos saberes.
Por fim a pedagogia 3, oposta da 1, acredita-se que o aluno
constrói o seu saber e o professor utiliza o conhecimento que o aluno já tem como
bagagem do dia-a-dia junto.
Nessa pedagogia o professor aprende com o aluno, e o aluno
ensina o professor, havendo uma inversão de papéis. Em uma relação nesse modelo
há um avanço de ambas as partes, construindo sempre novos conhecimentos, trocando
sabedoria.
O uso da técnica de perguntas e respostas garante a
capacidade interpretativa, crítica e permite ao aluno expressar suas opiniões
apoiado em argumentos teóricos válidos. Com a leitura insere-se conceitos
básicos que se busca trabalhar. As perguntas e comentários em aula enriquecem a
discussão, pois torna esses conceitos contextualizados, permitindo que o aluno
extrapole o que foi determinado pelo professor.
Síntese do texto de Fernando Becker e da Discussão em sala de aula sobre suas epistemologias
Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos
Fernando Becker
Existem três formas de representar a relação ensino/aprendizagem escolar, ou mais especificamente, a sala de aula. São elas: pedagogia diretiva, pedagogia não-diretiva e pedagogia relacional. Cada uma delas é sustentada por determinada epistemologia.
A Pedagogia diretiva afirma que o aluno aprende se, e somente se, o professor ensinar. A sua concepção epistemológica afirma que o aluno nasce sem nenhum conhecimento: é uma folha em branco, ou uma tábula rasa. O meio físico e social determina todos os fatores de desenvolvimento e maturação desse aluno. O professor, nesta concepção, acredita na transmissão do conhecimento e cabe ao aluno “encher-se” desse saber,
Na Pedagogia não-diretiva diz que o professor é um auxiliar do aluno, interferindo o mínimo possível, pois o aluno já traz um saber que ele precisa, onde ele encontrará o seu caminho. A epistemologia que fundamenta essa postura pedagógica acredita que o ser humano já nasce com o conhecimento e no caso de aprender basta um mínimo de ajuda para que se desenvolva novos conhecimentos. Logo, neste modelo, o professor praticamente renuncia a intervenção no processo de aprendizagem do aluno, ajudando apenas o mínimo possível.
Por último, a Pedagogia relacional, no qual o texto mostra que ao adotar essa postura durante uma aula há exposições de materiais, com a finalidade de que os alunos assimilem o conhecimento gerado a partir do material, ocorrendo uma aprendizagem significativa, cabendo ao professor o papel de explorar o material para que o objetivo seja alcançado.
Nesta pedagogia acredita-se que o aluno constrói o seu conhecimento, e o professor utiliza o conhecimento que ele já tem para avançar cada vez mais, como por exemplo, problematizando situações, trabalhando materiais para uma aprendizagem significativa, explorando cada vez mais uma reflexão mais profunda acerca do que está sendo estudado.
A pedagogia relacional se opõe à pedagogia diretiva, pois nesta o aluno deixa de ser uma tábula rasa e passa-se a considerar que o aluno possuiu uma bagagem, e é a partir daí que a aprendizagem deve continuar: construindo cada vez mais o conhecimento do aluno.
É nessa pedagogia que há também a chance do professor aprender com o aluno, e o aluno ensinar o professor, ou seja, a inversão dos papéis. Essa relação é um avanço, pois há de se construir sempre novos conhecimentos.
A técnica de perguntas e respostas garante a capacidade interpretativa, crítica e permite ao aluno expressar suas opiniões apoiado em argumentos teóricos válidos. Com a leitura insere-se conceitos básicos que se busca trabalhar. As perguntas e comentários em aula enriquecem a discussão, pois torna esses conceitos contextualizados, permitindo que o aluno extrapole o que foi determinado pelo professor.
Durante a aula de didática ministrada no dia 17 de agosto de 2015 a professora Rita Stano aplicou este método utilizando como texto base “Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos” de Fernando Becker. Esta aula configurou-se como um momento único de discussões.
As perguntas se deram não apenas pelos questionamentos acerca dos conceitos presentes no texto, mas também pela relação do conteúdo presente no texto com a experiência adquirida pelos alunos nos estágios, projetos, e vivências como alunos e futuros docentes.
Em vários comentários e respostas notou-se o embasamento teórico provido pela leitura do texto, a partir das discussões pode-se perceber que um professor ou uma escola não segue estritamente um único modelo pedagógico, estes modelos são separados didaticamente, com a finalidade de estudar o complexo universo educacional.
Observou-se que o professor deve ser coerente quanto a relação entre o modelo adotado e a forma de avaliação, pois como exemplificado pela professora Rita adotar um modelo relacional ou não-diretivo e aplicar uma prova tradicional de perguntas e respostas, que apenas quantifica a capacidade de memorização dos alunos, é no mínimo incoerente.
Um clique na intimidade! - Apresentação Individual: Mariana Rosa
Olá, sou a Mariana, mas podem me chamar de Mari ou Ma. :)
Sou de Guaratinguetá - SP, tenho 21 anos, estou cursando licenciatura em física pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei) desde março de 2013 e sou estagiária no setor de divulgação e ensino informal de astronomia no Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA-MCTI) desde junho de 2015.
Neste pouco tempo de vida acadêmica, também fui bolsista no Programa PIBID-Unifei no período de um ano e seis meses e sou membro da Centro Acadêmico de Física (Cafís) desde agosto de 2013.
Atualmente resido em Itajubá - MG e estou cursando a disciplina Didática com a professora Rita Stano. Acredito que essa disciplina contribuirá imensuravelmente para minha formação como futura professora e este blog além de divertido, também nos acrescentará vasto conhecimento.
Continuem participando e interagindo com nosso grupo pelo blog, beijinhosss.. :*
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Apresentação: Giovana
Olá a todos!
Meu nome é Giovana da Silva Julião, tenho 20 anos e sou graduanda do sexto período em Matemática Licenciatura pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).
Sou de Ilhabela, litoral norte de São Paulo, mas atualmente moro em Itajubá por conta da faculdade.
Sou bolsista do Programa de Iniciação à Docência (PIBID), o que contribui muita para a minha formação, visto que desde a graduação estou tendo contato com a sala de aula, com a realidade do ensino público e numa perspectiva de realizar projetos com o objetivo de melhor o ensino de matemática. O conhecimento e a experiência que o programa me oferece é de um valor imenso como futura docente.
Acredito que a disciplina de Didática terá muito com que contribuir na minha formação, pois para termos uma boa prática também é necessário termos um bom referencial teórico.
domingo, 16 de agosto de 2015
Apresentação Vívian
Olá, meu nome é Vívian Martins, tenho 22 anos e nasci em Itajubá- Minas Gerais. Tenho formação em Magistério e atualmente curso o sexto período de Licenciatura em Ciências Biológicas na UNIFEI. Participei do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à docência (PIBID), e atuo no Projeto de Extensão em Educação Inclusiva da Universidade Federal de Itajubá. Sou presidente do Centro Acadêmico de Biologia (CABIO) e neste semestre (2015-II), faço a regência no Ensino Fundamental na escola estadual Silvério Sanches, também em Itajubá. Gosto muito da área de Ensino, e creio que a disciplina Didática, ministrada pela professora Rita Stano será de grande valia para nossa formação.
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
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