quinta-feira, 10 de setembro de 2015

"Autonomia no processo ensino (professor)/aprendizagem (aluno): autorregulação da aprendizagem".

Por Giovana Julião


Artigo: "O perfil do professor que estimula a autonomia no processo de aprendizagem”. 
Autores: Aurenildes Brasil (Mestra em Educação pela Universidade Católica de Brasília – UCB) e Profº Dr, Luiz Siveres (Profº Dr. no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Católica de Brasília – UCB)

A relação de autonomia entre o professor e o estudante pode ser entendida através de diversas abordagens, e assumiremos a de Contreras. Para ele, a autonomia é “[...] uma busca e um aprendizado contínuos, uma abertura à compreensão e à reconstrução contínua da própria identidade profissional, ou de sua maneira de realizá-la em casa caso”. (2002, p. 199).
Para que a relação de autonomia ocorra é necessário que ela seja vista como uma deliberação reflexiva e uma construção permanente, e não com um caráter impositivo.
Deste modo, quando o professor se deparar com a opinião de um aluno que diverge da dele isso tem que ser tratado como um estímulo e o respeito deve permanecer, sendo assim a melhor forma de educar. Para Freire (1997), cabe ao professor desvelar o conhecimento e elucidar as diferentes formas de se posicionar em relação a ele.
Segundo Contreras “a autonomia não é uma definição das características dos indivíduos, mas a maneira com que estes se constituem pela forma de se relacionarem”. (2002, p. 197). Deste modo entendemos que a autonomia só ocorre na medida em que o individuo participa de um procedimento relacional.
O professor tem o papel de instigar, e não apenas ter a tarefa de ensinar. Cabe a ele fazer com que os alunos se interessem e se sintam cada vez mais motivados a ir a busca do conhecimento.
Um estudo de caráter qualitativo e exploratória será apresentado, no qual se investigou as características pedagógicas que propiciam a construção do processo de autonomia na relação entre professor e estudante, nos cursos de graduação em Educação Física - Licenciatura. Esse estudo foi feito por meio de entrevista semiestruturada.
As considerações mais importantes que os professores relataram foi a de um perfil de professor mais próximo em relação ao estudante, além de deixarem claro do gosto pelo que fazem. Também é perfil do professor que estimula a autonomia fazer com que todos os estudantes façam parte, de forma que nenhum fique excluído.
Há uma abertura no perfil do professor, com a quebra de rigidez e de paradigmas, para dividir conhecimento com seus pares e com os estudantes. Isso faz com que os demais expressem seus pensamentos.
Na visão dos estudantes o perfil do professor que estimula a autonomia é de um indivíduo amigo, aberto ao diálogo, inovador e renovador do conhecimento, sendo flexível e próximo dos estudantes.

Assim, analisando os dados vemos que num contexto de autonomia, o perfil do professor pode ser entendido segundo Contreras (2002) pelo significado da autonomia que se configura no modo como as pessoas se constituem através da forma de desenvolverem suas relações e não pela determinação das características das pessoas. Logo, é essa maneira de se relacionar que propicia a autonomia e configura o perfil do professor, pois o estudante quando se depara com esse contexto se sente inserido e como parte de um grupo.

Um comentário:

  1. Importantes considerações sobre o texto lido. Já pode agora relacionar este artigo com o livro de Freire, não?

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