Por Giovana Julião
Artigo: "O perfil
do professor que estimula a autonomia no processo de aprendizagem”.
Autores: Aurenildes Brasil (Mestra em Educação pela Universidade Católica de Brasília – UCB) e Profº Dr, Luiz Siveres (Profº Dr. no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Católica de Brasília – UCB)
Autores: Aurenildes Brasil (Mestra em Educação pela Universidade Católica de Brasília – UCB) e Profº Dr, Luiz Siveres (Profº Dr. no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Católica de Brasília – UCB)
A relação de autonomia entre
o professor e o estudante pode ser entendida através de diversas abordagens, e
assumiremos a de Contreras. Para ele, a autonomia é “[...] uma busca e um
aprendizado contínuos, uma abertura à compreensão e à reconstrução contínua da
própria identidade profissional, ou de sua maneira de realizá-la em casa caso”.
(2002, p. 199).
Para que a relação de
autonomia ocorra é necessário que ela seja vista como uma deliberação reflexiva
e uma construção permanente, e não com um caráter impositivo.
Deste modo, quando o
professor se deparar com a opinião de um aluno que diverge da dele isso tem que
ser tratado como um estímulo e o respeito deve permanecer, sendo assim a melhor
forma de educar. Para Freire (1997), cabe ao professor desvelar o conhecimento
e elucidar as diferentes formas de se posicionar em relação a ele.
Segundo Contreras “a
autonomia não é uma definição das características dos indivíduos, mas a maneira
com que estes se constituem pela forma de se relacionarem”. (2002, p. 197).
Deste modo entendemos que a autonomia só ocorre na medida em que o individuo
participa de um procedimento relacional.
O professor tem o papel de
instigar, e não apenas ter a tarefa de ensinar. Cabe a ele fazer com que os
alunos se interessem e se sintam cada vez mais motivados a ir a busca do
conhecimento.
Um estudo de caráter
qualitativo e exploratória será apresentado, no qual se investigou as
características pedagógicas que propiciam a construção do processo de autonomia
na relação entre professor e estudante, nos cursos de graduação em Educação
Física - Licenciatura. Esse estudo foi feito por meio de entrevista
semiestruturada.
As considerações mais
importantes que os professores relataram foi a de um perfil de professor mais
próximo em relação ao estudante, além de deixarem claro do gosto pelo que fazem.
Também é perfil do professor que estimula a autonomia fazer com que todos os
estudantes façam parte, de forma que nenhum fique excluído.
Há uma abertura no perfil do
professor, com a quebra de rigidez e de paradigmas, para dividir conhecimento
com seus pares e com os estudantes. Isso faz com que os demais expressem seus
pensamentos.
Na visão dos estudantes o
perfil do professor que estimula a autonomia é de um indivíduo amigo, aberto ao
diálogo, inovador e renovador do conhecimento, sendo flexível e próximo dos
estudantes.
Assim, analisando os dados
vemos que num contexto de autonomia, o perfil do professor pode ser entendido
segundo Contreras (2002) pelo significado da autonomia que se configura no modo
como as pessoas se constituem através da forma de desenvolverem suas relações e
não pela determinação das características das pessoas. Logo, é essa maneira de
se relacionar que propicia a autonomia e configura o perfil do professor, pois
o estudante quando se depara com esse contexto se sente inserido e como parte
de um grupo.
Importantes considerações sobre o texto lido. Já pode agora relacionar este artigo com o livro de Freire, não?
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