sexta-feira, 11 de setembro de 2015

AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM



AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Nos últimos anos a sociedade encarou diversas mudanças nos âmbitos social, político e tecnológico. Isso reflete de forma direta na educação, tendo em vista a quantidade, velocidade e rapidez com que a informação é processada. Devido a isso pesquisas em educação apontaram a importância em estimular a autonomia do aluno, conhecido como a autorregulação, que permite que o indivíduo utilize plenamente suas competências controlando a aprendizagem. Assim este modelo obriga o professor e aluno a repensarem suas práticas para que possam agir autonomamente e criticamente em relação à sociedade.
Essa autorregulação é determinada como a posse consciente, conhecedora e controlada dos meios de aprendizagem, permitindo ao aluno adquirir, organizar e transformar as informações adquiridas ao longo do tempo, sendo um ato pessoal e intencional do aluno, em que ele está em posição de construir seu próprio conhecimento. E neste modelo o professor pode ter um papel fundamental na sua ação educativa, em que ele deve instigar e não apenas ter a tarefa de ensinar, cabe a ele fazer com que os alunos se interessem e se sintam cada vez mais motivados a ir a busca do conhecimento.
Deste modo para que a relação de autonomia ocorra é necessário, que quando o professor se deparar com a opinião de um aluno que diverge da dele isso tem que ser tratado como um estímulo e o respeito deve permanecer, sendo assim a melhor forma de educar.
A autorregulação apresenta fases:
1.    Antecipação e definição de objetivos
Influenciada por conhecimentos prévios e crenças de auto eficácia, o valor que o estudante atribui a sua capacidade influencia diretamente seu empenho para a mesma.
2.    Planejamento Estratégico
Seleção e organização de estratégias e meios de estudo pelo estudante.
3.    Monitorização/execução e controle volitivo
Execução da estratégia de estudo traçada, com observação consciente dos procedimentos adotados e resultados obtidos.
4.    Autorreflexão e autorreação
Envolve os processos de a auto avaliação que pode determinar a correção ou a aversão a situações problemáticas.
Além disso, é essencial o desenvolvimento de competências metacognitivas e comportamentais que permitam ao estudante, por exemplo: saber diagnosticar o que sabe e o que necessita de aprender; saber estabelecer planos de aprendizagem (determinar os objetivos, selecionar as estratégias, organizar as tarefas, avaliar os resultados); saber monitorizar os procedimentos utilizados (testar-se, avaliar-se, corrigir-se).
Essa autorregulação do processo feita a partir dos alunos foi aplicada em algumas turmas, prioritariamente no "ensino secundário", assim chamado pelo autor, em um dos artigos estudados.
Na temática das avaliações matemáticas na escola, os professores propuseram atividades colaborativas a seus alunos, que é elaborado em função do feedback.
Com os resultados das primeiras atividades, os professores passaram o feedback aos grupos e através desse retorno, os alunos tiveram a autonomia de refazer ou não seus trabalhos.

Como resultado, o autor cita o depoimento de uma das professoras participante, em que o feedback foi realçado pela importância de avaliar o trabalho do aluno. Onde ela selecionou algumas tarefas, em que pretendia que cada situação proporcionasse, aos alunos, a oportunidade de se esforçarem na compreensão da tarefa.  Entre as razões apontadas por ela, está a necessidade de os alunos desenvolverem a sua autonomia, de forma a serem capazes de responder, sem ajuda, às questões da avaliação sumativa formal.  A professora ainda disse que os alunos evoluíram na qualidade dos trabalhos que produzem e que se tornaram mais autônomos.

Também foi realizado um estudo de caráter qualitativo e exploratória, apresentado em outro artigo, no qual se investigou as características pedagógicas que propiciam a construção do processo de autonomia na relação entre professor e estudante, nos cursos de graduação em Educação Física - Licenciatura. Esse estudo foi feito por meio de entrevista semiestruturada.

As considerações mais importantes que os professores relataram foi a de um perfil de professor mais próximo em relação ao estudante, além de deixarem claro do gosto pelo que fazem. Também é perfil do professor que estimula a autonomia fazer com que todos os estudantes façam parte, de forma que nenhum fique excluído.
Na visão dos estudantes o perfil do professor que estimula a autonomia é de um indivíduo amigo, aberto ao diálogo, inovador e renovador do conhecimento, sendo flexível e próximo dos estudantes.

Portanto o método de memorização por repetição decorando as informações não é suficiente. O aluno precisa compreender as informações, atribuir um sentido pessoal a elas. E a autorregulação permite que o aluno faça escolhas críticas, agindo com autonomia para gerir as informações, buscando soluções e ideias, através de codificação simbólica e condensação dessas informações.
Como nos estudos apresentados, onde este método melhorou a relação entre professor/aluno, fazendo com que os alunos se sentissem mais a vontade em sala de aula, além proporcionar um maior interesse nos alunos tanto que a qualidade dos trabalhos apresentados por eles evoluíram.

2 comentários:

  1. Bom resumo elaborado. Consegue estabelecer relação destes conceitos com as categorias da Pedagogia da Autonomia?

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  2. Legal, pode se relacionar a temas levantados no Livro Pedagogia da autonomia, e também aos textos que falam do ensino utilizando aulas expositivas.

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